História da Fenafar
- 09/10/2019
- Ewerton Fenafar
- INFORME
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A Federação Nacional dos Farmacêuticos tem uma história de 4 décadas de luta em defesa da categoria farmacêutica, da saúde pública e do Brasil. Para resgatar essa história de lutas e conquistas, a Fenafar organizou uma revista, a partir de depoimentos de seus ex-presidentes e uma pesquisa histórica.
Desde o início da década de 70 até hoje, a história da Federação é contada, sempre intrelaçada com o contexto político e social do país. Nesta trajetória, iniciada em 25 de outubro de 1974, muitos farmacêuticos e farmacêuticas deram sua contribuição para construir a valorização da profissão, para discutir o papel da farmácia e do medicamento no contexto do cuidado à saúde.
O presidente da Fenafar, Ronald Ferreira dos Santos, conta que a vontade de registrar a história da Federação já vem de alguns anos. Mas apenas recentemente esse projeto se viabilizou. “Começamos a trabalhar nesse projeto há três anos. Coletamos depoimentos, fizemos uma pesquisa e fomos percebendo neste processo a riqueza de informações e a importância de compartilhar com a categoria e com a sociedade a história do nosso movimento sindical, a luta de resistência contra a ditadura e pela democracia, nossa participação no processo de redemocratização, na construção do modelo de atenção à saúde e deste que é um dos principais sistemas de saúde do mundo, o nosso Sistema Único de Saúde. A nossa luta contra o projeto neoliberal e em defesa da soberania e do Brasil nos anos 90, o combate ao PL Marluce Pinto e toda a luta pela Farmácia Estabelecimento de Saúde, nossa contribuição na elaboração das políticas de Saúde nos anos 2000, a criação da Política Nacional de Medicamentos e da Política Nacional de Assistência Farmacêutica e, mais recentemente, nossa resistência contra os ataques aos direitos sociais e trabalhistas promovidos por este governo golpista”, diz Ronald.
Todas as principais lutas da Fenafar são lembradas na publicação, que dividiu a história da Federação em 4 períodos: de 1974 a 1984 – Surgimento e Estruturação, de 1985 a 1994 – As primeiras grandes lutas e o primeiro congresso, de 1995 a 2004 – A resistência ao projeto neoliberal e um novo projeto para o Brasil, 2005 a 2017 – A luta por avanços na Saúde e na valorização do farmacêutico.
A revista, disponível na íntegra em versão digital, também terá uma tiragem impressa. Na avaliação de Ronald dos Santos, “num momento em que o movimento sindical sofre um dos maiores ataques de sua história, oferecer à categoria e à sociedade uma publicação como essa é dar uma contribuição ímpar para mostrar que unidos somos mais fortes, que lutar vale a pena, porque só com a luta e com a unidade é possível obter conquistas e avanços para a categoria, para a saúde e para o Brasil. É preciso conhecer a história para construir o presente e projetor o futuro. Essa revista é uma mensagem de otimismo e de esperança”, afirma.
Da redação
Publicado em 23/01/2018