A categoria farmacêutica em sua maioria desconhece a importância do SINFAERJ.

Acreditamos que isso se deve ao histórico da profissão, pois antes éramos proprietários ou sócios das farmácias ou dos laboratórios de análises clínicas. Hoje, as mudanças da lei permitiram que: leigos se tornassem proprietários dos estabelecimentos comerciais, que farmacêuticos assumissem várias responsabilidades técnicas, pois não era exigido o cumprimento da carga horária.

Estabeleceu-se como regra os “acordos” com os proprietários e muitos profissionais só se preocupavam em saber qual era o piso da época, pois esse era o valor que deveria ser anotado na carteira profissional e que também servia de base para aposentadoria (desconto do INSS e desconto do FGTS). Essa informação era, em geral, procurada no Conselho Regional de Farmácia, desconhecendo (muitos ainda desconhecem), que essa informação deve ser procurada no Sindicato da Categoria, já que o piso salarial é resultado de negociação do Sindicato dos Farmacêuticos com o Sindicato Patronal mediante assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho.

Nosso sindicato hoje celebra convenções coletivas nos diversos setores de nossa categoria tais como: Indústria, Farmácias/Drogarias, Farmácia Hospitalar e Análises Clínicas e Patologia.

Apesar do baixo índice de profissionais sindicalizados, o SINFAERJ tem cumprido essa missão, mesmo que em algumas circunstâncias aquém do que se desejaria.

Neste ano, a nova direção terá muitos desafios durante sua gestão, destacando-se abaixo alguns aspectos do cenário atual:

Mudanças ocorridas no mercado de trabalho, com a entrada de um número elevado de formandos (já temos 19 cursos de farmácia no estado). A procura do 1º emprego, colocando em risco o emprego dos que se consideravam estáveis, e favorecendo práticas de desvalorização por parte dos empregadores, que com uma maior oferta de mão de obra, estão contratando os colegas em farmácias e drogarias para 44 horas pelo piso salarial, incorporando os mesmos em alguns casos para serviços de balconistas ou gerentes.

Na Análise Clínicas sofremos a concorrência dos biólogos e biomédicos, que tem pisos ainda mais inferiores aos nossos.

Na Farmácia Hospitalar existem diferenças marcantes entre piso (que é muito baixo) e o salário real que alguns colegas recebem. Paralelamente, a grande maioria dos hospitais do estado não tem farmacêuticos plantonistas.

Na Farmácia Magistral, os proprietários estão unidos na luta para que se adote o piso da Farmácia Comunitária (farmácias e drogarias), e não o da Indústria como tem sido praticado há mais de 18 anos.

A saída das grandes indústrias farmacêuticas do estado diminui ainda mais o mercado de trabalho dos farmacêuticos da área industrial que já sofre a concorrência de vagas com químicos.

A ausência de informações sobre o sindicato, permitindo uma evasão de taxas, que por lei deveria ser recolhida ao SINFAERJ pelos empregadores, e na realidade acaba sendo repassada a outros sindicatos. Tal fato pode ser contornado com uma simples informação do profissional ao seu empregador (contribuição sindical e assistencial).

Neste cenário, a nova Direção do SINFAERJ tem como maior desafio convencer os colegas farmacêuticos da necessidade de fortalecer nosso sindicato, sindicalizando-se; participando das reuniões e assembléias; opinando e contribuindo com sugestões e críticas; contribuindo de fato para que a Nova Direção possa vencer todos os nossos desafios citados e tornar o SINFAERJ um Sindicato Atuante e que o farmacêutico possa se orgulhar.

Estamos procurando montar um bom Departamento Jurídico, na crença do nosso potencial de crescimento de sindicalização. Este departamento terá por objetivo apoiar todos os colegas do nosso estado em suas ações trabalhistas, procurando aos poucos, cumprir nossas promessas de campanha.